Fotografia de autor desconehcido
Apesar das andorinhas, das abelhas a rondarem o mel de cada flor e do vermelho das cerejas ... Talvez ainda seja Inverno.
E quando cada "talvez" se transforma em tantas certezas, rasga-se na cara o sorriso de querer mais e mais ...
amor ... amor ... amor ...
Talvez não ser,
é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém
soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,
trigo do vento,
E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...
Pablo Neruda
Um comentário:
Amei este post sem nenhum talvez, e com toda a certeza, e quando as cerejas gelam é preciso mesmo y«um raio do sol para as iluminar.
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