quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Editors no Restelo


Imagem retirada de: www.legrandmix

Editors, uma banda britânica de indie rock vai estar amanhã no Pavilhão do Restelo.
Fica aqui a ansiedade que seja um espectáculo único cheio de magia.
The Back Room e An End has a Start, albuns de pura melodia, de saborear da primeira à última música.

Lá estaremos...

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Dançar é escrever com o corpo


Foto: retirada de http://www.sampaist.com

Dançar é escrever com o corpo
no espaço estendido á frente
alongar-se,encolher-se,
rodopiar,
inclinar-se.
Jogar-se em absoluta confiança no
Outro que a(m)para,
depois de centenas de ensaios...
Dançar é tocar música
com gestos,com os pés,
absolutamente sem voz,
na arrasadora maioria das vezes.


Dançar é interpretar com meneios
e oscilações impressionantes
ao nosso olhar supreso,
pois temos os pés no chão,
as nuances da mensagem, do enredo,
da palavra em das formas desenhadas
no espaço...


O corpo é o instrumento dos dançarinos:
suas mãos-libélulas,
suas mãos- borboletas,
suas mãos-colibris
escrevem versos no ar...
Seus pés com centenas de micro-fraturas,
seguem intinerários
que a cada instante
recomeçam
e recomeçam,
e se repetem...
A coluna é de borracha, de látex, de seda...
Curva-se, encaixa-se, projecta-se.

(...)

Há um sol em cada um dos olhos,
às vezes,um luar de ouro,
pois sempre brilham de prazer,
no vício sagrado impossível de desfazer

(...)

O dançarino é feito de retalhos dos deuses,
lançados pela Terra,
para que não possam ser esquecidos em sua divindade...
O dançarino tem um pouco de ave
e de borboleta
ou libélula,
ou pluma,
ou floco de algodão,
ou pétala,
ou poalha ,
a dançar na luz...

Belo Horizonte,28/04/2006,por 29/04,Dia da dança
Poesia publicada no PPP,projeto poesia no panoPublicado por clevane pessoa de araújo em 28/04/2006 às 17h48 www.recantodasletras.com.br/


A dança voltou a nós e nós voltámos à dança.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Sushi, a gata literária



A sorte é que não me importo de partilhar os meus queridos livrinhos.
A Sushi já chegou e começa a mostrar as suas marcas.

Amoro-te


Imagem retirada de: http://sonheicontigo.no.sapo.pt/

"Desejo inventar palavras.
As que conheço parecem-me poucas,
Insuficientes,
Demasiado comuns e pequenas.
Às vezes fico dividido
Entre duas palavras…
E essa divisão não surge, sequer,
Entre a palavra que quero dizer
E a que imagino que queres ouvir.
Apetece-me dize-las às duas,
Numa só.
Como se ambas fossem uma,
Num único significado,
Abrangedor de ambas.
Hoje quero dizer que te adoro.
Porque és como o meu astro regente,
Que me dá vida…
E que eu venero como a um Deus, intocável.
Mas também quero dizer que te amo,
Que és tão igual a mim que podemos ser um só,
Penetráveis!
E nessa palavra que possuísse os dois significados,
Ponte entre o intocável e o penetrável,
Queria dois pilares de silêncio.
Que suportassem os dois significados.
Um pilar de silêncio
No momento em que a ouves,
Por não a conheceres.
E um outro feito do silêncio do momento seguinte,
Em que dás conta do plural do significado,
E engoles em seco a palavra nova que sai da minha boca
E que te impede de dizer que me queres.
Inventei agora essa palavra:
Amoro-te!
E amoro-te porque te amo e te adoro
E quando digo que te amo não esqueço que te adoro
E quando te digo que te adoro, lembro-me que te amo
Quando digo só uma dessas palavras
Não digo tudo…
E o que não digo…
Fica-me preso na garganta
Como azia…
E amoro-te lembra-me amoras..
Digo amoro-te
E fico com um gosto doce na boca
Às amoras
A amores
Que se adoram
Porque são doces.
…Mesmo quando não estás comigo."

Autor desconhecido

Dois sorrisos, dois sussurros, nós os dois entre amoras e amoro-tes.
Aqui, numa praia, com uma lua num mar de estrelas e céu de ondas :o).
E com isto, mais do que te AMORO...
Já viste com conseguimos virar o mundo ao contrario? Só mesmo porque nos AMORAMOS.